Já faz um bom tempo que ouvimos falar da tal crise econômica, aquela iniciada lá nos EUA pelo mercado imobiliário que cresceu e atingiu outros setores da economia e se alastrou por todo o mundo. Pois bem, pensando na crise econômica e depois de assistir a edição do Jornal Nacional, não há como não perceber cada vez mais gritante, diante dos nossos olhos jornalísticos, a crise que assola os noticiários brasileiros.
A crise do telejornalismo não é de hoje e não é só do Brasil. As redações estão cada vez mais enxutas. Quem está no mercado tem que se virar nos trinta para dar conta da demanda de atividades, a carga horária é muito elevada e os salários são baixos. Entretanto a pior face da crise do telejornalismo brasileiro está no conteúdo. Cada vez mais repetitivos.
A manchete principal desta quarta-feira no Jornal Nacional foram as imagens gravadas numa estação de trem no Rio de Janeiro com agentes chicoteando os passageiros. A pauta foi a mesma destacada horas antes na edição do Jornal Hoje. Ambos deram espaço para entrevista ao vivo sobre o assunto. Era a mesma manchete no período da tarde no portal globo.com, enfim... e outras sucessivas reportagens apresentadas no JN desta quarta eram reedições de vts já apresentados em outros telejornais da casa. Este é apenas um exemplo!
Se olharmos os noticiários de outras emissoras, a problemática se repete, falta conteúdo, sobra o que podemos chamar de tapa buraco, repetições acompanhadas de comentários mais do que superficiais dos que estão na bancada, e o povo recebendo essas notícias como sendo as únicas do dia...
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