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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Interatividade chega à TV digital



Emissoras se convencem de que a ideia é boa e fabricantes já têm equipamentos prontos





O software de interatividade Ginga é a única tecnologia genuinamente nacional da TV digital nipo-brasileira, que estreou no País em 2 de dezembro de 2007. Até agora, não está disponível comercialmente. Mas, depois de meses e meses de resistência e contratempos, está finalmente pronto, com a norma publicada, os produtos desenvolvidos e a adesão dos radiodifusores, que começaram a ver no Ginga uma maneira de aumentar a receita e de enfrentar a concorrência dos serviços interativos, como a internet.



"Consideramos a interatividade como um conteúdo que será tão importante em alguns anos como o vídeo o e o áudio são hoje para nossos telespectadores" , afirmou Raymundo Barros, diretor de Engenharia da TV Globo São Paulo.
"Entendemos a interatividade com uma excelente ferramenta para aumentar a atratividade de nossos conteúdos."

Pouca gente viu (já que os equipamentos com o Ginga completo ainda não estão no mercado), mas as grandes redes já têm interatividade no ar.

A Rede Globo, por exemplo, transmite uma aplicação que acompanha a novela "Caminho das Índias", que traz informações que são como extras de DVD. 

"Temos cinco redes e pelo menos cinco empresas de software que já desenvolvem aplicações interativas" , afirmou Frederico Nogueira, presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), que reúne emissoras, indústria e governo. "Em setembro, deve chegar ao mercado o primeiro televisor com receptor embutido e o Ginga."



A especificação técnica do Ginga foi finalizada em abril. A publicação da norma demorou bastante porque, entre outros problemas, os pesquisadores brasileiros descobriram que a primeira versão do software exigia o pagamento de royalties internacionais pouco antes do lançamento da TV digital no Brasil, há quase dois anos. As emissoras testam conversores com o Ginga completo de fabricantes como LG, Tecsys e Visiontec. A interatividade deve ser a principal atração do evento SET Broadcast & Cable 2009, que começa amanhã em São Paulo [evento realizado no fim de agosto].



Vinte e duas cidades brasileiras já têm transmissões de TV digital, o que equivale a uma população de 57 milhões de pessoas. Segundo as estimativas do fórum, foram vendidos cerca de 1,6 milhão de receptores de TV digital, o que inclui conversores, televisores com receptor integrado, televisores portáteis, receptores para computador e celulares com recepção digital.

Apesar de o fórum não divulgar dados separados por tipo de equipamento, a mobilidade foi, até agora, o principal atrativo da TV digital brasileira, com uma procura maior de celulares e receptores para computador do que de conversores.

Cresce o número de modelos de aparelhos de TV com receptor embutido, o que deve acelerar a adoção.

"Esperamos que, em 2010, sejam vendidos 1 milhão de TVs e conversores com interatividade" , afirmou David Britto, diretor técnico da TQTVD, empresa especializada em software para TV digital. Esses equipamentos podem ser ligados em redes de banda larga ou modems de celular de terceira geração (3G), permitindo que o espectador envie informações para a emissora. "A aplicação do ?Caminho das Índias? já tem uma enquete.

"

Quando a TV digital foi lançada no País, o principal atrativo era a alta definição, que oferece uma qualidade de imagem maior do que a analógica, adequada para os televisores de tela grande de LCD ou plasma. Acontece que esse tipo de aparelho ainda é inacessível para a maior parte da população, que não viu vantagem na adoção da tecnologia.

A ênfase na alta definição foi uma opção dos radiodifusores, pois, entre as características da TV digital, era a que trazia potencial de mudança no mercado. Logo eles perceberam, no entanto, que a alta definição exige um investimento que não se traduz em aumento de receita publicitária.

"A alta definição não traz essa oportunidade" , reconheceu Nogueira, do Fórum SBTVD.

A mobilidade, com a recepção de TV digital aberta nos celulares, foi enxergada como uma vantagem pelos consumidores. Apesar de ainda essa audiência não ser medida, também representa um potencial de ampliar o faturamento, pois pode trazer para a televisão espectadores que estão fora de casa.

A interatividade também tem potencial de aumentar receita, com serviços como comércio eletrônico via televisão e publicidade diferenciada. 


* Matéria publicada no Estadão em 26 de agosto de 2009 - Assinada por Renato Cruz*

segunda-feira, 18 de maio de 2009

'Papo Assombrado' no XIII CELACOM 2009

FeLiZ, FeLiZ, FeLiZ!!! :) Nosso artigo "PAPO ASSOMBRADO: UMA PROPOSTA DE PROGRAMA INTERATIVO INFANTIL PARA A TV UNESP DIGITAL" foi aprovado para apresentação no GT - Folkcomunicação do XIII CELACOM - 2009 - Colóquio Internacional sobre a Escola Latino-americana de Comunicação, que acontece entre os dias 20 e 22 de maio, em Marília.

O trabalho é assinado por Erika Zuza, Maria Luiza Sorbile, Thalita Souza, Diolinda Silva, Everton Altafim e Aline D'Avila, e orientado pelo Professor Dr. Antonio Carlos de Jesus, através da disciplina 'Planejamento e Gestão de Conteúdos para Televisão Digital' do Mestrado em Televisão Digital: Informação e Conhecimento, UNESP, Bauru, SP.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ginga é aprovado como padrão internacional da UIT

A linguagem NCL e seu ambiente de apresentação Ginga-NCL, tecnologias nacionais criadas para oferecer interatividade plena em sistemas de TV Digital, foram aprovados como padrão pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão de padronização e regulamentação em telecomunicações ligado às Nações Unidas. A aprovação ocorreu no último dia 29 de abril. O Ginga-NCL é o primeiro framework de aplicações multimídia para serviços IPTV aprovado pela UIT.

A nova recomendação H.761 "Nested Context Language (NCL) and Ginga-NCL for IPTV Services" define a linguagem NCL como padrão UIT-T para a construção de aplicações multimídia destinadas ao ambiente de TV interativa. Além de definir a linguagem NCL, a recomendação descreve os requisitos para a construção da máquina de apresentação Ginga-NCL, responsável pela exibição e controle de aplicações NCL. NCL e Ginga-NCL são tecnologias de propriedade intelectual da PUC-Rio, resultados de pesquisas realizadas no Laboratório TeleMídia de seu Departamento de Informática, financiadas pela Finep e RNP a partir das ações estratégicas do Ministério de Ciência e Tecnologia e do Ministério das Comunicações.

O esforço de padronização se iniciou há quase dois anos, quando pesquisadores brasileiros presentes às primeiras reuniões do então chamado "focus group on IPTV" foram convidados por delegados japoneses a apresentar a arquitetura Ginga do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre. A partir de então, pesquisadores da PUC-Rio tem participando das delegações brasileiras organizadas pela Anatel, para a defesa da proposta brasileira junto aos delegados da UIT-T no "study group 16 - codificação, sistemas e aplicações multimídia".

Com a padronização, operadores de telecomunicações e radiodifusores de todo o mundo podem adotar uma tecnologia madura e bem definida, de forma interoperável entre os diversos provedores de conteúdo interativo. Fabricantes de receptores DTV podem desenvolver seus produtos seguindo as normas estabelecidas e permitindo sua comercialização para múltiplas redes e múltiplos mercados. (Da redação TeleSíntese)